Quer renegociar os seus créditos? O que deve saber antes de tomar decisões

Renegociar créditos - blog

Renegociar créditos pode ser uma ferramenta essencial para equilibrar o orçamento familiar — seja crédito habitação, pessoal, automóvel ou cartões de crédito. Mas atenção: existem várias formas de o fazer, e cada uma traz implicações diferentes, que devem ser cuidadosamente avaliadas.

1. Comece por fazer um diagnóstico financeiro

Antes de contatar qualquer entidade bancária ou intermediário de crédito, analise a sua situação financeira atual:

Liste todos os rendimentos do agregado familiar;

  • Identifique todas as despesas fixas e variáveis;
  • Verifique a sua taxa de esforço (percentagem do rendimento mensal destinada ao pagamento de créditos);
  • Obtenha o Mapa de Responsabilidades de Crédito no site do Banco de Portugal (é gratuito e atualizado mensalmente).

Este diagnóstico é fundamental para perceber se a renegociação será benéfica e em que moldes deve ser feita.

2. Renegociar enquanto está tudo bem é a melhor estratégia

É comum só se procurar apoio financeiro em momentos de dificuldade. No entanto, o ideal é renegociar quando ainda tem estabilidade financeira — com rendimentos regulares e sem atrasos nos pagamentos. Nesta fase, terá maior poder de negociação junto das instituições e poderá melhorar condições sem pressão.

Lembre-se: as decisões que tomar hoje podem ter um impacto durante 10, 20 ou 30 anos, especialmente no crédito habitação. Avalie cuidadosamente os prazos, taxas e encargos associados.

Aqui ficam 3 formas de renegociar o seu crédito:

a) Rever as condições do crédito atual com o seu banco

Pode solicitar alterações como:

Redução do spread;

  • Alteração da taxa (variável, fixa ou mista);
  • Alargamento do prazo de pagamento;
  • Períodos de carência (capital ou juros);
  • Mudança do indexante (por exemplo, de Euribor a 6 meses para 12 meses).

Estas alterações, em regra, não implicam custos nem obrigam à subscrição de novos produtos bancários. Mas devem ser bem analisadas: um prazo mais longo reduz a prestação, mas aumenta o custo total do crédito.

b) Transferência de crédito para outra instituição

Se encontrar melhores condições noutra entidade (como uma TAEG mais baixa), pode transferir o seu crédito.

As principais vantagens:

  • Negociar uma prestação mensal mais baixa;
  • Obter spread e seguros mais competitivos;
  • Possibilidade de contratar com novos prazos e taxas.
  • Se não tiver prestações em atraso, esta transferência costuma ser isenta de custos e em muitos casos o novo banco assume as despesas de mudança.

c) Crédito consolidado

Caso tenha vários créditos (pessoal, automóvel, cartões), pode juntar todos num só, com:

  • Uma única prestação mensal;
  • Uma taxa de juro mais baixa;
  • Um prazo mais alargado.

É uma solução que alivia o orçamento a curto prazo, mas pode representar um aumento do custo total ao longo dos anos. Deve ser analisada com critério, especialmente o MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor).

Na DS Intermediários de Crédito analisamos o seu caso de forma personalizada e gratuita. Comparamos ofertas, explicamos os impactos a longo prazo e acompanhamos todo o processo com o banco.